Numa atitude covarde, que não deu chance alguma de defesa ao
seu colega de profissão, o goleiro acertou uma voadora, pelas costas, no
volante vascaíno Elivélton. A partida não estava nada favorável para o time de
Recife, pois perdiam por 3 a 1.
Será que por isso o clima ficou nervoso e provocou ação
impensada e irracional desse infeliz atleta?
Não! Violência no futebol já não é muito agradável, imagine
num caso desses, onde a carreira de um promissor atleta ficou a mercê da sorte.
O volante saiu de campo com a suspeita de ter fraturado a coluna cervical, por
sorte foi constatado apenas uma contusão de coluna torácica.
Sem pensar? Também não! O goleiro teve um grande espaço de
tempo para raciocinar suas ações, a confusão acontecia no meio campo, o
“meliante” saiu correndo de sua meta, mirou e acertou uma voadora na região das
costas próxima ao pescoço.
Presenciamos caso de agressão com grande proporção de
infelicidade na Copa do Mundo de 1994 (dentre outros casos que não vou citar,
se não teremos uma postagem muito grande), quando Leonardo, lateral esquerdo da
seleção Brasileira, acertou uma cotovelada desleal em Tab Ramos, dos Estados
Unidos. Fatos semelhantes pela imprudência de ambos os jogadores, porém com
diferença no tempo disponível para o raciocínio das ações.
O jogador do Sport teve mais ou menos 10 segundos para
raciocinar no percurso entre a sua área e o meio-campo, já Leonardo não! Não
estou defendendo nenhum, tão pouco o outro; as duas ações são desprezáveis. Mas
alguém chegar a dizer que foi uma ação impensada, não dá!
Se arrependimento marcasse gols, talvez o Sport teria virado
o placar da partida em questão. Mas
alguém precisa avisar ao goleiro que não tem mais como reaver sua posição, sua
decisão foi tomada e de forma pensada.
Desculpas! Não vão adiantar e nem serão bem recebidas pelo
agredido. Elivélton deseja que seu agressor seja banido do futebol. “Que vá
para o UFC” (Minha opinião). Gustavo prestará depoimento e responderá por
tentativa de homicídio.
Arrependimento agora não é nada comovente, pois veio após
uma possível exclusão da equipe de Recife, que pode acabar em pizza, ou melhor,
em frango assado. A diretoria, após o episodio, anunciou a exclusão do atleta
de seu plantel, no entanto, algumas horas depois reviu o caso e o atleta pode
ser reintegrado ao grupo.
Caso se confirme a passividade da diretoria nesse caso,
veremos como nossos dirigentes são coniventes com esse tipo de situação. A
abolição da violência nos esportes precisa ser de dentro dos clubes para fora e
assim contagiar os torcedores com a paz.
Não foi o primeiro, muito menos o último, mas temos que
buscar meios de minimizar esse tipo de situação.
Violência mata a Diversão. Futebol sem violência!
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