A Seleção Brasileira reencontrou seu
carrasco na Copa do Mundo de 2010. Brasil e Holanda jogaram no Serra Dourada,
em Goiânia.
Para Holanda um meio de conhecer o país
que sediara a Copa de 2014 e apresentar o campo, clima e torcida a seus
jogadores. Mas para os brasileiros era uma questão de honra, pura vingança, mas
uma vingança sem peso nenhum.
Caso não se recordem, a Holanda
desclassificou o Brasil de uma Copa do Mundo, não era um amistoso e esse jogo
não valeu nada. E mesmo com o desejo de vingança, o Brasil não conseguiu passar
de um melancólico empate sem gol, sem emoção e sem futebol.
A Seleção do Brasil entrou em campo com
uma formação aparentemente 4-4-2, mas quando o jogo começou parecia ser um
4-3-3. Robinho que poderia ser o homem de criação, jogava pelo lado direto,
Neymar pela esquerda e Fred como um verdadeiro atacante de ofício na área para
brigar com os zagueiros.
A Holanda jogava com três atacantes,
Affelay e Kuit recuando até o meio, saindo com velocidade e servindo o grandalhão
Van Persie, quando acionado, foi muito eficaz para gerar perigo ao gol de Júlio
Cesar.
As jogadas do Brasil eram mais pelo lado
esquerdo, com o apoio de André Santos e buscando sempre os pés de Neymar. Cada
bola recebido pelo Menino da Vila, a barulhenta torcida fazia mais barulho
ainda maior. A esperança que alguma jogada mágica fosse executada,
mas a marcação era dura e eficiente. Marcação que sempre era feita por
dois jogadores, um no bote e outro na cobertura. No bote estava Van der Wiel,
que não perdeu uma bola.
Para que saísse alguma jogada
mais aguda, Neymar precisou se deslocar para o meio. E quando fez isso, acionou
Robinho, que por causa do seu novo topete estava impedido, na sequência foi concluída a
gol por Ramires, mas anulada.
Até os vinte minutos de jogo, o domínio
era Brasileiro, no entanto, esse domínio era estéril, não produzia nenhum
fruto, nem se quer um chute a gol.
Mas aos vinte e um minutos aconteceu
alguma coisa! Opa, mas para o lado errado!
Jogada pela esquerda do ataque holandês,
bola na cabeça de Van Persie, que, com um belo toque, coloca Affelay na cara de
Julio Cesar. O goleirão dá um jeito e salva o Brasil do que poderia ser o
primeiro gol. Não demorou muito tempo e o mesmo Affelay obriga, mais uma vez,
Julio Cesar a se virar. Bela defesa! E tudo isso acontecendo pelo lado direito da
defesa e o Brasil não havia chutado uma bola ao gol.
Sofrendo com a falta de criação, num time
burocrático, pois a incumbência de municiar o ataque estava nos pés
de Elano. Nada contra, mas não dá. O cara é um segundo homem de meio campo!
Para que dois volantes mais recuados e Elano, se tinha Lucas no banco? Não
saiu um passe de qualidade dos pés desse belo jogador, mas que não pode ficar
com o dever de armar o time.
Em um lance que poderia tocar fácil,
preferiu colocar em profundidade para Neymar, que nada pode fazer. Só olhar a
bola sair para lateral.
Para sair um chute mais perigoso ao gol da
Holanda, precisou que Ramires viesse como homem surpresa e chutar de fora da
área. Passou longe, mas chutou.
Antes do final do primeiro tempo, a defesa
brasileira bateu cabeça numa cobrança de falta e Van Persie quase marca
sozinho.
O goleiro Kurl só teve o prazer de tocar
na bola no início do segundo tempo, quando Neymar se infiltrou na área, recebeu
belo passe e chutou para ótima defesa do goleirão.
Não houve nenhuma alteração para o segundo
tempo, mas a postura era outra, a mobilidade era outra e Elano se achou em
campo. Mesmo assim os 36 mil apaixonados pediam a entrada de Lucas. Não só
eles, eu também queria que o menino entrasse.
Com a mudança de postura a torcida ficou
mais eufórica e esperançosa de gols.
O Brasil tinha total domínio da partida e
Neymar passou a fazer a diferença e se movimentar mais, levando muito perigo ao
gol holandês. Com quatro minutos no segundo tempo o Brasil produziu mais
que nos primeiros 45 minutos.
A defesa holandesa foi obrigada a tirar
bola de cima da linha em um belo chute de Robinho. E Lúcio, o capitão dos
100 jogos, obrigou, mais uma vez, o goleirão a se esticar e praticar mais uma
defesa.
No segundo tempo se formos eleger os
melhores de cada time, podemos dizer: "Neymar e Kurl". O garoto
chutou e o goleirão mostrou seu valor.
André Santos foi um das peças principais
da partida, com ótimos avanços ao campo de ataque e não sofrendo para marcar.
O Lucas entrou, mas pensando na parte
individual e a chance de Mano, acabou não contribuindo muito para uma evolução
da equipe.
Mas tivemos dois pontos negativos, além
desse empate. O primeiro é a falta de um homem de meio campo para colocar a
bola com mais qualidade para os atacantes. Podemos jogar com dois volantes,
três atacantes, mas precisa de alguém para armar. Será que não tem um
meia-armador bom?
Quem não se lembra de Felipe Melo e sua
lambança diante da mesma Holanda na Copa? Então, o Felipe Melo de hoje foi o
Ramires. Já tinha um amarelo deu uma entrada dura sobre Robben, levou o segundo
e foi expulso.
Com um a menos o Brasil diminuiu o ritmo e
passou a administrar o empate, que foi retribuído pelos goianos com
gritos de: "Eiro, eiro, eiro, devolvam o meu dinheiro" e
"Timinho, timinho..."
Agora, esperamos que na despedida
do Fenômeno, na próxima terça-feira diante da Romênia, a coisa seja
diferente!
É, o empate foi melancólico, principalmente para a torcida que lotou e pagou caro!
ResponderExcluirAbraço
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