A data era 11 de setembro de 1963, ano em
que o Santos de Pelé derrubava a torre chamada Boca Juniors e conquistava o seu
Bicampeonato continental. Um ano antes contra esse mesmo Peñarol, o Santos
também de Pelé conquistava o seu primeiro titulo.
Foram necessários 17451 dias para que a
torcida "Jovem" voltasse a comemorar um titulo da desejada
Libertadores da América. Os santistas lotaram e pintaram o Pacaembu de branco,
muito barulho e confiança estampada e declarada. A mesma confiança que imperou
em 2003, quando era liderado por Robinho e encarou o Boca Juniors. Mas dessa
vez a confiança se traduziu em um enorme detalhe: o titulo!
No banco um cara muito contestado em
disputas de Libertadores. Muricy Ramalho foi demitido do São Paulo justamente por
não conseguir o titulo continental. Deixou o Fluminense, justamente por não
fazer boa campanha na competição desse ano. Chegou ao Santos em um dos piores
momentos na competição. O time estava em péssima situação na tabela e
precisa reagir com urgência.
Chegou, colocou ordem na casa e foi logo
dando o cartão de visita. Conquistou o titulo Paulista!
Na Libertadores, esse "cara"
arrumou a casa, colocou a molecada nos eixos e deu ritmo de jogo ao
Santos. Mostrando que é o melhor técnico do país, não importa o time que tenha
nas mãos. Isso é notório, pois os títulos conquistados pelo São Paulo, Shanguai
Shenhua (China), Náutico, Internacional, São Caetano, Fluminense e, agora,
Santos falam por ele. É vencedor!
Se com times com menos estrelas, o cara já
fez milagre, imagine o que conseguiria com uma equipe que conta com Ganso,
Elano, Arouca e, principalmente, Neymar. Podemos dizer que é covardia!
Ganso voltando a campo depois de quarenta
e cinco dias se recuperando de uma lesão, foi o maestro desse time. Cada bola
que ele pegava, tínhamos a sensação de que poderia sair um bom passe.
Jogador que pensa antes de ter a bola em seus pés. Muito inteligente. E tinha
pessoas dizendo que não era aconselhável coloca-lo logo como titular. Que isso?
Elano só tem um defeito, esses balões que
sempre dá nas partidas, desperdiçando boas jogadas, mas é
um líder nato. Diferente de 2003, quando era um menino da vila, hoje
é o líder dos meninos da Vila. E hoje sem ter a responsabilidade de armar
jogadas, fez uma boa partida.
Arouca dormiu no primeiro tempo, no
entanto, acordou cedo no segundo tempo e fez a diferença, deixando Neymar em
condições de marcar o primeiro gol.
Neymar... deixa pra lá... não vou ser
repetitivo ao menciona-lo... vocês já sabem o que penso sobre o garoto..
UM POUCO DO JOGO...
Não adiantou o Peñarol pressionar, bater e
catimbar.
O jogo começou muito pegado. Cada pedaço
de gramado era disputado com unhas e escamas. Em dois lances do primeiro tempo,
caberia um vermelho para cada lado. Mas o juizão preferiu administrar a partida
e não apresentou nenhum cartão, mas poderia tira-lo do bolso.
O primeiro tempo foi marcado por muitos
erros de passes do Santos e o time uruguaio despachando a bola com balões para
o campo de ataque. Chance real de gol, apenas um para o lado alvinegro, em bola
chutada da entrada da grande área por Léo, aos 43 minutos de jogo.
O segundo tempo o Santos acorda e logo de
cara faz o gol que daria tranquilidade para trabalhar o resto da partida.
Ganso, com sua genialidade, dá um bonito toque de letra para Arouca. O volante,
que dormiu no primeiro tempo, acorda e dá ótimo passe para o futuro
papai. Neymar chuta e marca o primeiro gol santista.
Danilo não aparecia muito no ataque, pois
estava muito preocupado e dedicado na marcação do craque argentino, que joga
para os uruguaios, Martinuccio. Quando decidiu apoiar o ataque, deu
no que deu, gol. Sua dedicação defensiva foi recompensada. No minuto de número
23, bela jogada do lateral, pela direita, passa pelo marcador e chuta no canto
oposto, belo gol. O tri já estava na mão! Fato confirmado por Léo:
"Ninguém tira"!
O Santos passou a se defender e tentar
segurar o jogo para não dar margem de reação do tinhoso Peñarol, time com bom
retrospecto fora de casa.
Aos 34 minutos, Durval desvia chute
de Estoyanoff e coloca para dentro. Gol contra para o Peñarol. Isso apenas para
dar mais dramaticidade ao fim do jogo, mas não tinha como tirar o titulo
desses meninos.
Esse jogo marcou também a despedida de Zé
Eduardo do elenco santista. Era visível o seu desejo em marcar um gol
pelo menos, não precisava ser o do titulo, mas pelo menos um! Chance para isso
ele teve, no entanto, deve ter fechado os olhos. A bola sobrou na pequena área,
o gol livre e ele não conseguiu cabecear. Fato que ficou em segundo plano,
pois o Santos é campeão!
AGORA É COMEMORAR...
Fim de jogo...
O grande campeão Pelé desce ao gramado e
se mistura a nova geração de jogadores do Peixe. O que ele fez a 46 anos, 09
meses e 09 dias, voltou a repetir nessa noite, mas como torcedor ilustre.
O Santos é Tricampeão da Libertadores da
América...
Que venha o Barça!!!
O Santos mereceu a vitória, jogou melhor, tinha mais time, e merecidamente conquistou o Tricampeonato. O que mais marcou a partida mesmo foi a pancadaria no fim do jogo, será que isso nunca vai mudar?
ResponderExcluirTécnico Muricy, o mais vencedor do futebol brasileiro.
Agora, no Mundial de clubes, sem dúvida será muito, mas muito mais difícil, mas Neymar e Ganso podem decidir.
Abraço
http://www.gremista-sangueazul.com
O Santos foi campeão merecidamente,essa geração de Neymar e C&a tinha que entrar para a história.
ResponderExcluirAbraços!
http://fluminensetricolorguerreiro.blogspot.com/