O Corinthians deu um passo
gigante para a conquista da vaga inédita na final da Taça Libertadores da
América. Com golaço de Emerson, ótima atuação de Cássio e uma partida “quase”
perfeita, o time de Parque São Jorge venceu pelo placar mínimo a badalada
equipe do Santos.
Não adiantou a torcida estourar rojões a
madrugada inteira e impedir o descanso dos corintianos no hotel. Não adiantou o
esforço de colocar PH Ganso em condições de jogo. Neymar não foi nem sombra do
Neymar que aparece em grandes decisões. O fator campo / torcida (ponto forte
desse ano) não foi determinante a favor do Santos nessa partida, pois quem
comemorou foi a torcida visitante (apenas 600 torcedores corintianos).
As maiores expectativas estavam
direcionadas para um camisa 11, Neymar, que tinha tudo para desequilibrar nessa
partida e mais uma vez decepcionou, foi anulado. Fato que se tornou comum nos
últimos três jogos do craque: dois pela seleção e um pelo Santos. O craque
sumiu contra o México, Argentina e contra o Timão! Bom para o Corinthians!
O setor defensivo do Corinthians
foi absoluto mais uma vez e não deu espaços para os atacantes do Santos. Com a
proposta de marcar por setor, o Timão anulou totalmente os meninos da Vila na
Vila. A solidariedade defensiva dos jogadores de meio e “ataque” foi do tamanho
do clube, grande e impressionante. Todos, sem exceção, defendiam e quando ficou
com um a menos esse esforço foi multiplicado por dois.
Na primeira etapa os donos da
casa pareciam estar com o freio de mão puxado. Erravam muitos passes no ataque
e o goleiro Cássio foi um mero espectador. Já na etapa final, nas raras vezes
que o setor ofensivo conseguiu superar os marcadores do Timão, Cássio foi
perfeito nas saídas em bolas alçadas e em lances de perigo. Destaque para as ótimas defesas em cabeçada de Borges e em chute de Juan.
O Timão só não foi perfeito por
conta de um detalhe: o poder ofensivo fica prejudicado pela falta de um
centroavante de origem e pela fase que o meia Alex está passando, hoje é sombra
de Danilo. Não tenho duvidas que seja um ótimo jogador e decisivo, mas,
principalmente, no jogo dessa quarta-feira ficou (e está) muito abaixo do que
pode produzir. Errou passes que não costuma errar e comprometeu em alguns
lances em que perdeu a bola no meio campo proporcionando alguns contra ataque,
que a defesa corintiana impediu.
Com o sumiço de Neymar, outro
camisa 11 foi o grande destaque do jogo. Emerson Sheik, aos 27 minutos do
primeiro tempo, em mais uma ótima jogada de Alessandro e Paulinho. O volante
arrancou pelo meio, recebeu ótimo passe (nas costas de Arouca) de Alessandro,
avançou sozinho e fez bela assistência para Emerson. Sozinho na área, o camisa
11 ajeitou para a direita, olhou e bateu colocado, golaço, no ângulo de Rafael.
Sua participação só não foi excelente,
pois o atacante, por excesso de vontade levou dois cartões amarelos (infantis)
e foi expulso. Com isso, desfalcará a equipe na partida decisiva no Pacaembu.
Para o jogo de volta, Tite terá a
dura missão de arrumar um substituto. Acredito que Willian seja a melhor opção
para manter a mesma formação, mas não seria nada ruim optar por Liedson (mesmo
em má fase).
A partida contou com uma péssima
arbitragem que pipocou quando deveria expulsar Neymar por entrada dura em
Leandro Castan. A torcida santista foi pequena ao jogar objetos em direção do
goleiro Cássio, até o capacete de um policial entrou na história.
E o fato que para mim é
inaceitável: Quando Alex partia em direção ao gol (podendo fazer o segundo),
alguém, sim, alguém apagou os refletores. Coincidência? Para mim não!
Mas com todos esses imprevistos a
noite não foi do alvinegro praiano, que sucumbiu à melhor defesa da competição.
Para calar a boca do jornalista
Odir Cunha que menosprezou o Timão em seu blog:
“Acordei tranqüilo, otimista. Penso no jogo desta noite e só me vêem
imagens boas na cabeça. Vejo Elano acertando suas cobranças de falta, Alan
Kardec infernizando a defesa adversária, Neymar inspirado e objetivo como
nunca, Arouca penetrando de surpresa pelo meio, Edu Dracena acertando uma
cabeçada decisiva... Sinto que neste duelo tão aguardado pela semifinal da
Libertadores, a Vila Belmiro viverá uma de suas noites históricas mais felizes.
O time que joga para o gol – e por isso tem os deuses do futebol ao seu lado –
mais uma vez construirá um grande momento do esporte.”
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