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sexta-feira, 31 de maio de 2013

Victor pega pênalti nos acréscimos e Atlético mantém o Brasil na Libertadores

Antes do jogo a festa da torcida atleticana foi grande. Muitos torcedores aderiram à mobilização via redes sociais e compareceram ao Independência com ‘máscaras do pânico’, além de terem feito mosaicos. Mas a classificação para enfrentar o Newells Old Boys, na semifinal da Libertadores, foi mais dramática do que eles imaginavam e saiu com um empate do Atlético-MG com o Tijuana, em 1 a 1. Victor foi o grande herói do jogo pegando pênalti de Riascos, aos 47 minutos da etapa final.
“Agradeço a Papai do Céu, não fizemos uma boa partida, mas pela campanha merecíamos a classificação. Temos de que tirar muitas lições de hoje”, comentou Victor, após a emocionante classificação, que levou a torcida ao delírio gritando o nome do camisa 1. O ambiente foi preparado para ‘assombrar’ o Tijuana, mas o primeiro susto foi do torcedor atleticano, que viu o seu time sair em desvantagem, com gol de Riascos, aos 25 min da etapa inicial. O Atlético-MG não jogava bem, cometia muitos erros, demonstrando nervosismo e só empatou aos 40 min, em um gol “sem querer” marcado pelo zagueiro Réver.

Como empatou em 2 a 2, em Tijuana, há uma semana, o Atlético-MG se beneficiou do empate, em 1 a 1, mas foi um resultado que manteve a torcida alvinegra assustada até o final da partida. O pesadelo de uma desclassificação atleticana perseguiu os atleticanos, que temiam fazer companhia a São Paulo, Palmeiras, Corinthians, Grêmio e Fluminense, todos eliminados da competição.
O susto atleticano começou com menos de um minuto do primeiro tempo. Após saída de bola errada do time da casa, a equipe mexicana chegou com perigo e Riascos obrigou Victor a difícil defesa. O Atlético encontrou dificuldades para ultrapassar o meio de campo, o que só aconteceu aos 3 min, quando Diego Tardelli arriscou chute de longe, defendido com tranquilidade pelo goleiro Saucedo.
O Atlético não se encontrava em campo, surpreendido pela postura ofensiva do Tijuana, apesar de o técnico Antonio Mohamed  ter escalado três zagueiros, deixando no banco Fidel Martinez, artilheiro do time na Libertadores, com quatro gols. Nos primeiros 10 minutos de jogo, o árbitro chileno Patrício Polic marcou cinco faltas atleticanas contra duas dos visitantes.
O alvinegro mineiro entrou nervoso em campo. Aos 13 min, Marcos Rocha levou cartão amarelo após cometer duas faltas seguidas. No minuto seguinte, a torcida atleticana levou outro susto, quando Arce cobrou falta e Gandolfi colocou a bola nas redes, mas a arbitragem anulou sob a alegação de impedimento, marcação muito contestada pelos atletas mexicanos.
O gol anulado parecia ter acordado o Atlético, que passou a tomar mais a iniciativa do jogo, embora seguisse precipitado em alguns lances e cometendo muitos erros de passe. A torcida atleticana, que se calara, esboçava voltar a se empolgar, mas sofreu um baque, com o gol de Riascos, aos 25 min. Ele aproveitou cruzamento da direita e colocou a bola nas redes. O time mineiro tentou a resposta rápida, mas Saucedo fez a defesa em chute cruzado de Marcos Rocha.
O Tijuana demonstrava consciência em campo e com vantagem no marcador passou a truncar a partida. Os atleticanos não conseguiam reeditar suas boas atuações, pouco ameaçavam o gol mexicano e caíam na catimba adversária. Restavam as cobranças de bolas paradas. E foi assim que saiu o empate, aos 40 min, quando Ronaldinho Gaúcho cobrou falta do lado direito do ataque e Réver marcou o gol. Empurrado pela torcida, o alvinegro pressionou, mas não conseguiu a virada na etapa inicial.
Autor do gol de empate, Réver reconheceu que teve sorte. “Tive felicidade, a bola acabou batendo em mim e entrando. Mas o que importa é o empate e o gol que nos dá tranquilidade para ir para o intervalo”, comentou o zagueiro atleticano, que reconheceu a dificuldade da equipe nos 45 minutos iniciais. “A bola parecia que estava queimando os pés. Temos que ter tranquilidade ter tranquilidade, trabalhar a bola, que assim que jogamos em casa, se fizermos o que não estamos acostumados, vai complicar a nossa situação”, acrescentou.
O Tijuana voltou para o segundo tempo com uma mudança: Fidel Martinez entrou no lugar do zagueiro Ortiz, voltando a equipe ao esquema 4-4-2. O Atlético-MG não teve mudanças. A partida recomeçou tumultuada. Logo no reinício, Richarlyson pisou na mão de Riascos, em uma dividida. O jogo seguia truncado e catimbado. Os sustos atleticanos continuaram na etapa final, já que o time mexicano se abriu mais em busca do gol de classificação.
Se levasse um gol, o Atlético teria que fazer dois para se classificar direto. Por isso, o alvinegro mineiro ficava na dúvida entre administrar o empate em 1 a 1 ou atacar em busca da virada. Com a entrada de Luan no lugar de Bernard, o time da casa ganhou um pouco mais de rapidez. Na defesa, Réver e Richarlyson bobearam e, aos 24 min, Victor salvou o gol de Fidel Martinez, que estava livre.
O Tijuana criou e desperdiçou outras chances, calando a torcida atleticana, que não escondia a expressão de espanto. Aos 35 min, por exemplo, Arce mandou a bola na trave. Em seguida, o Atlético teve chance com Jô, mas não conseguiu finalizar. Dessa forma, a partida seguiu aberta e tensa até o final. E tudo parecia perdido, quando Leonardo Silva fez pênalti, mas Victor defendeu a cobrança de Riascos e a festa atleticana foi intensa. “Foi a mão de Deus ali”, resumiu Diego Tardelli.
Fonte: Uol

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