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domingo, 16 de dezembro de 2012

CORINTHIANS BICAMPEÃO MUNDIAL DE CLUBES DA FIFA 2000 - 2012


1 Comentários:

  1. O Corinthians e o Barcelona são os únicos clubes de futebol bicampeões mundiais legítimos, pois tanto no formato de 2000 como nos dos anos seguintes, o campeonato mundial havia sido acordado previamente entre as 6 confederações continentais associadas a FIFA.
    O Corinthians foi convidado no Mundial de 2000 como representante da CBF, autoridade no país-sede, decisão mais coerente na ocasião pelo fato do time ser o campeão brasileiro de 98 (também liderava o brasileiro de 99). Por motivos políticos, o Vasco tomou o lugar do Palmeiras (uma decisão então aceita pelo Palmeiras, que se tornou injusta pelo cancelamento do Mundial de 2001 da Espanha).
    A FIFA não gostou do formato do Mundial de 2000: a) pelos dois finalistas do torneio serem times locais; b) pela reclamação dos europeus com o calendário com o dobro de jogos (4) em plena temporada européia - e por isso, alterou o formato anterior para 2 jogos eliminatórios; c) falta de público pagante - por isso a escolhas recentes por países com boa renda per capita (Emirados Árabes e Japão) ou com proximidade para outros continentes (Marrocos). Assim, nível técnico "baixo" não teve influência na alteração do formato do campeonato mundial, pois isso depende das próprias equipes (vide o contraste entre Barcelona x Santos e Corinthians x Chelsea - jogos sob o mesmo formato, mas o primeiro foi um massacrante ataque contra defesa, o que transpareceu aos europeus um abismo gritante entre os dois continentes).
    Antes do Mundial de Clubes da FIFA existir, o máximo que um clube sul-americano e europeu poderiam almejar era o Intercontinental entre Europa e América do Sul, e por isso, as gerações de Pelé, Zico, Renato Gaúcho e Telê estão de parabéns! Assim como, até há algum tempo atrás, o máximo que um clube de futebol africano e asiático poderiam almejar era o de Campeão Intercontinental entre África e Ásia, e ficam de parabéns também! No entanto, extrapolar um torneio intercontinental para o mundial NÃO é legítimo, pois por mais provável que os times dos brasileiros citados fossem favoritos em uma disputa com os campeões de outros continentes, a legitimidade ocorre pela autoridade das seis confederações vinculadas a FIFA (que existem desde a década de 50), e pelo jogo "jogado" em si (ninguém vence ninguém sem jogar, nem vence só pelo time que possui no papel - e por isso o futebol é tão surpreendente e fascinante). A comparação com a legitimidade da Copa União de 1987 também não é perfeita, pelo fato de tanto Flamengo como Sport serem regidos pela CBF, então não dependem de outras autoridades. No entanto, em 1987, o Sport não se recusou a jogar as partidas que o Flamengo provavelmente teria vencido. Assim, o título brasileiro daquele ano não pode ser tirado do Sport, por mais que a CBF mude de opinião em relação ao Flamengo ser ou não campeão. Resumindo, no mínimo o Sport é o campeão legítimo de 87.
    Obviamente, percebe-se que, pela paixão muito maior que os brasileiros vitoriosos colocaram no intercontinental (e colocam hoje no mundial) em relação aos campeões intercontinetais europeus e argentinos, a aceitação desse fato (de que intercontinental não é mundial) é difícil no Brasil, enquanto que fora é simples. Vejo isso acontecer pelos brasileiros verem a classificação para a Libertadores como um caminho já difícil, em vista do pé de igualdade entre os clubes brasileiros. Além disso, após o bicampeonato mundial de 1962, o Brasil começava a se configurar como o "país do futebol", e a imprensa ufanista brasileira, naquele mesmo ano, começou a difundir a idéia do Santos de Pelé como campeão mundial, mesmo sem ter havido oportunidade para equipes dos outros continentes competirem.

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