Esse final de semana foi bem corrido, por isso não tive tempo de assistir ao grande clássico entre Corinthians e Palmeiras. Assisti apenas os melhores momentos que não me deram embasamento para escrever algumas linhas sobre o grande jogo.
Vasculhando os sites de esportes pela manhã, encontrei o
texto de Luiz Antônio Prósperi – para o estadao.com.br e Jornal Estado de São
Paulo - que achei bem interessante e decidi dividir com vocês. O texto recebeu
o seguinte título: LIÇÃO DO CORINTHIANS. Mas como esse blog é de um corinthiano
será publicado como: LIÇÃO DO TIMÃO!
Boa leitura!
É muito fácil
procurar e encontrar um vilão em um grande clássico. Basta analisar o resultado
da partida para se tirar a inevitável conclusão. Ontem, o sempre correto Márcio
Araújo, volante do Palmeiras, foi o crucificado da rodada. Ele deu dois gols de
graça ao Corinthians, que venceu de virada por 2 a 1 e despachou o último
invicto do Campeonato Paulista, na tarde de homenagens a Chico Anísio e num dia
em que mais um torcedor morreu em confronto de organizadas.
Mesmo com os vacilos de Márcio Araújo não se pode
garantir que um clássico é decidido apenas por detalhes. Conta, e muito, a
eficiência e a proposta de jogo. Que o diga o Palmeiras, em especial no
primeiro tempo.
O time entrou para marcar os principais artífices do
Corinthians. Limitar seus espaços. E usar do talento de Valdivia e a precisão
de Marcos Assunção para resolver o jogo a seu favor.
Com 17 minutos, quando já vencia por 1 a 0 - gol de Assunção chutando de
longe, com desvio em Castán e iludindo Júlio César -, o time de Felipão cumpria
com rigor o que havia sido programado nos vestiários.
Era assim: Márcio Araújo com marcação individual em
Emerson Sheik, Cicinho colado em Jorge Henrique e Assunção no encalço de
Danilo. Restava bloquear Paulinho, com bom trânsito no setor direito combinando
com Edenílson. Dois contra um, no caso Juninho.
Então Felipão puxou João Vitor da direita para socorrer
Juninho na esquerda e Maikon Leite abriu na ponta direita para inibir as
investidas de Fábio Santos. Tudo bem ajustado.
Diante desse quadro, o Corinthians pouco produziu. Foi
mais agudo, pressionou a saída de bola do inimigo, mas viveu de cruzamentos na
área sempre em direção ao apagado Liedson. Deola teve pouco trabalho.
Se o time de Tite mantinha seu estilo de marcar forte
lá no campo do adversário, errava quando era obrigado a se recolher. Não havia
ninguém muito preocupado em cuidar de Valdivia, acompanhar os seus passos.
Então o chileno fez o que bem entendeu. Foi dele o passe, a bola rolada, para
Marcos Assunção desferir o petardo do único gol na etapa inicial.
Virada agônica. Agora apaga tudo o que se viu no
primeiro tempo. No início do segundo, o clássico trocou de lado. Literalmente.
Com seis minutos, o Corinthians virou o jogo. Em dois lances iguais: faltas na
lateral com Jorge Henrique levantando na área e duas pixotadas de Márcio
Araújo, que deu um gol para o Paulinho e fez outro contra.
A virada corintiana, como um relâmpago, destroçou o
Palmeiras. Emerson foi jogar na ponta-esquerda em cima de Cicinho e Jorge
Henrique abriu na direita, com Paulinho marcando e atacando como nunca. A
eficiente marcação palmeirense virou pó. Lá na frente, Valdivia já não tinha
tanto espaço para agir.
Felipão, de imediato, trocou Maikon Leite por Ricardo
Bueno para encostar no sumido Barcos. Não deu certo. Depois tentou o meia Pedro
Carmona no lugar de Cicinho. Também em vão.
Com a vantagem no placar, o Corinthians pôde ser ainda
mais Corinthians. O time se encorpou, disputou palmo a palmo cada naco de campo
e se impôs coma autoridade de campeão brasileiro. Ralf e Paulinho formaram um
paredão na proteção da zaga. Não havia meios de o Palmeiras furar o bloqueio.
Seguro, dono de si e dessa vez sem provocações ao
tradicional adversário, o time de Tite controlou as ações. Empurrado por uma
multidão vestida de preto e branco, que não deu trégua nos cânticos e na
emoção, o Corinthians fez do Pacaembu a sua fortaleza intransponível.
Do outro lado havia um punhado de nervos tensos,
prontos para explodir. O tão decantado equilíbrio se partia a cada minuto. O
Palmeiras, até então há 22 jogos sem perder, havia sentido o peso da derrota
quando ainda restava quase meia hora para o apito final. Assim, não era difícil
prever o fim da história. O último invicto do Paulista estava na lona. Sem
choro e nem vela.
Muita rivalidade em um jogo muito disputado, parabéns ao Corinthians pela vitória
ResponderExcluirSANGUE AZUL
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