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sábado, 4 de junho de 2011

SELEÇÃO BUROCRÁTICA 2: JOGANDO EM CASA

A Seleção Brasileira reencontrou seu carrasco na Copa do Mundo de 2010. Brasil e Holanda jogaram no Serra Dourada, em Goiânia.

Para Holanda um meio de conhecer o país que sediara a Copa de 2014 e apresentar o campo, clima e torcida a seus jogadores. Mas para os brasileiros era uma questão de honra, pura vingança, mas uma vingança sem peso nenhum.

Caso não se recordem, a Holanda desclassificou o Brasil de uma Copa do Mundo, não era um amistoso e esse jogo não valeu nada. E mesmo com o desejo de vingança, o Brasil não conseguiu passar de um melancólico empate sem gol, sem emoção e sem futebol.

A Seleção do Brasil entrou em campo com uma formação aparentemente 4-4-2, mas quando o jogo começou parecia ser um 4-3-3. Robinho que poderia ser o homem de criação, jogava pelo lado direto, Neymar pela esquerda e Fred como um verdadeiro atacante de ofício na área para brigar com os zagueiros.

A Holanda jogava com três atacantes, Affelay e Kuit recuando até o meio, saindo com velocidade e servindo o grandalhão Van Persie, quando acionado, foi muito eficaz para gerar perigo ao gol de Júlio Cesar.

As jogadas do Brasil eram mais pelo lado esquerdo, com o apoio de André Santos e buscando sempre os pés de Neymar. Cada bola recebido pelo Menino da Vila, a barulhenta torcida fazia mais barulho ainda maior. A esperança que alguma jogada mágica fosse executada, mas a marcação era dura e eficiente. Marcação que sempre era feita por dois jogadores, um no bote e outro na cobertura. No bote estava Van der Wiel, que não perdeu uma bola.

Para que saísse alguma jogada mais aguda, Neymar precisou se deslocar para o meio. E quando fez isso, acionou Robinho, que por causa do seu novo topete estava impedido, na sequência foi concluída a gol por Ramires, mas anulada.

Até os vinte minutos de jogo, o domínio era Brasileiro, no entanto, esse domínio era estéril, não produzia nenhum fruto, nem se quer um chute a gol. 

Mas aos vinte e um minutos aconteceu alguma coisa! Opa, mas para o lado errado!

Jogada pela esquerda do ataque holandês, bola na cabeça de Van Persie, que, com um belo toque, coloca Affelay na cara de Julio Cesar. O goleirão dá um jeito e salva o Brasil do que poderia ser o primeiro gol. Não demorou muito tempo e o mesmo Affelay obriga, mais uma vez, Julio Cesar a se virar. Bela defesa! E tudo isso acontecendo pelo lado direito da defesa e o Brasil não havia chutado uma bola ao gol.

Sofrendo com a falta de criação, num time burocrático, pois a incumbência de municiar o ataque estava nos pés de Elano. Nada contra, mas não dá. O cara é um segundo homem de meio campo! Para que dois volantes mais recuados e Elano, se tinha Lucas no banco? Não saiu um passe de qualidade dos pés desse belo jogador, mas que não pode ficar com o dever de armar o time.

Em um lance que poderia tocar fácil, preferiu colocar em profundidade para Neymar, que nada pode fazer. Só olhar a bola sair para lateral.

Para sair um chute mais perigoso ao gol da Holanda, precisou que Ramires viesse como homem surpresa e chutar de fora da área. Passou longe, mas chutou.

Antes do final do primeiro tempo, a defesa brasileira bateu cabeça numa cobrança de falta e Van Persie quase marca sozinho.

O goleiro Kurl só teve o prazer de tocar na bola no início do segundo tempo, quando Neymar se infiltrou na área, recebeu belo passe e chutou para ótima defesa do goleirão.

Não houve nenhuma alteração para o segundo tempo, mas a postura era outra, a mobilidade era outra e Elano se achou em campo. Mesmo assim os 36 mil apaixonados pediam a entrada de Lucas. Não só eles, eu também queria que o menino entrasse.

Com a mudança de postura a torcida ficou mais eufórica e esperançosa de gols. 

O Brasil tinha total domínio da partida e Neymar passou a fazer a diferença e se movimentar mais, levando muito perigo ao gol holandês. Com quatro minutos no segundo tempo o Brasil produziu mais que nos primeiros 45 minutos. 

A defesa holandesa foi obrigada a tirar bola de cima da linha em um belo chute de Robinho. E Lúcio, o capitão dos 100 jogos, obrigou, mais uma vez, o goleirão a se esticar e praticar mais uma defesa.

No segundo tempo se formos eleger os melhores de cada time, podemos dizer: "Neymar e Kurl". O garoto chutou e o goleirão mostrou seu valor.

André Santos foi um das peças principais da partida, com ótimos avanços ao campo de ataque e não sofrendo para marcar.

O Lucas entrou, mas pensando na parte individual e a chance de Mano, acabou não contribuindo muito para uma evolução da equipe.

Mas tivemos dois pontos negativos, além desse empate. O primeiro é a falta de um homem de meio campo para colocar a bola com mais qualidade para os atacantes. Podemos jogar com dois volantes, três atacantes, mas precisa de alguém para armar. Será que não tem um meia-armador bom?

Quem não se lembra de Felipe Melo e sua lambança diante da mesma Holanda na Copa? Então, o Felipe Melo de hoje foi o Ramires. Já tinha um amarelo deu uma entrada dura sobre Robben, levou o segundo e foi expulso.

Com um a menos o Brasil diminuiu o ritmo e passou a administrar o empate, que foi retribuído pelos goianos com gritos de: "Eiro, eiro, eiro, devolvam o meu dinheiro" e "Timinho, timinho..."

Agora, esperamos que na despedida do Fenômeno, na próxima terça-feira diante da Romênia, a coisa seja diferente!

1 Comentários:

  1. É, o empate foi melancólico, principalmente para a torcida que lotou e pagou caro!

    Abraço

    http://www.gremista-sangueazul.com/

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